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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Testemunho de um Pai.

Transcrevemos o testemunho de um pai que, num momento de grande sensibilidade, em função da perda da filha, teve um insight (discernimento) que gerou uma mudança significativa em sua vida:
“Minha esposa telefonou para meu trabalho, informando que nossa filha estava em tempo de enlouquecer de tanta dor de cabeça e que até água a fazia vomitar. Após uma bateria de exames, o oncologista constatou que ela tinha um tipo raro de câncer no cerebelo (parte posterior e inferior do cérebro, que coordena os movimentos). Dentre milhões de pessoas na terra, somente três já tiveram esse tipo de câncer, e ela era uma delas. Assim, a menina foi levada para a UTI, às pressas, a fim de ser submetida a uma cirurgia. O tratamento prosseguiu com uma série de sessões de quimioterapia e radioterapia na tentativa de destruir as células cancerígenas.
Embora tivesse passado por esse tratamento pelo período de cinco meses, as células continuavam desenvolvendo-se violentamente dia a dia. Assim, teve de ser submetida à segunda, terceira e quarta cirurgias para tentar conter o avanço do câncer e aliviar as horríveis dores que vinha sentindo. A quarta intervenção cirúrgica ocorreu com a menina acordada, pois não podia mais receber anestesia geral. Ela voltou dessa última cirurgia sorrindo, dizendo que tinha visto o Senhor Jesus com vestes brancas e brilhantes. Disse que Ele estava conduzindo sua maca numa nuvem e que fazia carinho em seu rosto. Depois ficamos sabendo que essa não fora a primeira vez que teve esse tipo de visão.
Depois de todas as cirurgias, ela continuava sofrendo muito: tomava morfina para aliviar a dor. Chegou a ponto de, em um período de 3 horas, vomitar 14 vezes. Algumas partes do corpo já perdiam as funções. Perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo e, depois de ter hemorragia estomacal, foi perdendo também à funcionalidade dos rins, intestinos e pulmões. Teve três paradas respiratórias, espasmos e convulsões. A mãe, desesperada por tudo o que viu, gritou: ‘Senhor Jesus, tenha misericórdia!’. Por fim, a menina entrou em estado de coma.
Seus dois irmãos chegaram ao hospital e ainda puderam vê-la com vida. Embora não pudesse vê-los, pôde ouvir as carinhosas palavras que lhe dirigiram com muita espontaneidade: ‘Minha irmãzinha, eu te amo!’ Mesmo em coma, lágrimas rolaram de seus olhos naquele momento, indicando uma reação às palavras dos irmãos.
O aparelho já não conseguia mais captar a oxigenação. A médica, ao auscultá-la, exclamou: ‘Algo está afligindo esta menina, pois seu coração ainda continua batendo, diminuindo e aumentando o ritmo!’ Como por inspiração divina, aproximei-me, segurei na mãozinha dela e disse: ‘Minha filha!’ – de forma inexplicada, ela saiu do coma e olhou para mim – assim, aproveitei aquela que seria a última e breve oportunidade para dizer: ‘Minha pequena, jamais menti para você e esta é a última vez que te falo: eu cuidarei de tua mãe, amando-a e respeitando-a, a tratarei com dignidade todos os dias de minha vida; perdoe-me alguma falha! Viverei de tal maneira que, com graça de Deus, tornaremos a nos encontrar no reino vindouro. Descanse em paz, filha! Ao sepultá-la, estarei sepultando também um velho pai e marido. Serei um novo pai para teus irmãos e um novo marido para tua mãe. Vá agora, filhinha, vá ao encontro de Jesus, que ele está de braços aberto para te receber’. “A menina fechou os olhos e expirou.”
Que lição podemos extrair desse depoimento? Que devemos amar o Senhor e nossos familiares? Não apenas isso! Nosso maior problema não é saber quem amar, a quem valorizar, mas é, principalmente, descobrir quando amar e valorizar e como demonstrar isso com palavras e ações. Esse testemunho nos ajuda a ver que ainda, infelizmente, apostamos muito no dia de amanhã, certos de que o que temos hoje teremos também amanhã. Se não tivermos atentos, perdemos oportunidades de ouro para fazer, ainda hoje, as coisas mais importantes, que são: amar o senhor, nossos familiares e nossos irmãos em Cristo de modo tal que, se nós partimos ou se eles partirem, nós os teremos amado com toda força e intensidade máxima.
Às vezes é necessário alguém partir (expirar), para outro aprender a viver (respirar). Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos desperte antes!
Fonte: Panfleto Aprendendo Lições - Editora Árvore da Vida.

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